Ministério da Saúde amplia lista de medicamentos do SUS com inclusão de oncológicos
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer uma lista de medicamentos essenciais 25% maior a partir do ano que vem. Foram incluídos para 2018 na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) remédios para a assistência hospitalar e oncológica, que estavam fora da relação desde 2010. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Antes (a Rename) era um documento burocrático interno nosso e agora transformamos em uma ferramenta para o usuário, gestor, profissional e órgãos de controle. É um facilitador de acesso de informações para todos e, tendo essa informação, evidentemente, as pessoas buscarão consolidar o seu direito de acesso a esses medicamentos — disse o ministro.
Com o incremento, a Rename contará com cerca de 1.100 medicamentos e insumos. A última lista continha 869 itens. Entre os medicamentos incluídos estão os anestésicos e adjuvantes, isoflurano líquido volátil, propofol 10 mg/ML, os antimicrobianos, vancomicina 500 mg, meropenem 500. Além dos medicamentos oncológicos imatinibe 400 mg e o tamoxifeno 20mg.
De acordo com o Ministério da Saúde, a proposta de inclusão de medicamentos oncológicos e hospitalares no SUS foi feita “com base na indicação e uso desses fármacos no país e no mundo”. Por isso, “foram consultadas a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial de Saúde (OMS), protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas em oncologia, Formulário terapêutico nacional e medicamentos indicados por Comissões de Farmácia e Terapêutico (CFT) – presentes em todas as regiões do país”.
A Rename padroniza os medicamentos indicados para a assistência no SUS. Ele está disponível na internet e recebe atualizações. Sua publicação ocorre a cada dois anos.
— A nova Rename também é um instrumento regulatório. A partir de agora ficará claro o que o estado tem que ofertar, o que o município tem que ofertar, na atenção básica, especializada e hospitalar, antes não tinha — disse Barros.
Fonte: O GLOBO