Mais preparação nos serviços farmacêuticos

Mais preparação nos serviços farmacêuticos

Pesquisa da Abrafarma indica que profissionais da área estão cada vez mais aptos à função.

Um estudo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drograrias (Abrafarma), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFP), revelou que os profissionais da área estão cada vez mais preparados para a prestação de serviços farmacêuticos clínicos dentro dos estabelecimentos.

O levantamento foi realizado entre junho e agosto deste ano com 4.897 profissionais – 22% de um total de 22.638 farmacêuticos atuantes nas 24 redes associadas à entidade.

Os entrevistados responderam 18 perguntas opinativas que avaliam a atitude, motivação e intenção de comportamento em relação aos serviços farmacêuticos. As respostas variavam de “discordo fortemente” a “concordo fortemente”, podendo gerar um escore máximo de 100 pontos. Quanto mais alta a pontuação no teste, melhor o perfil do profissional para os serviços farmacêuticos.

De acordo com a Pesquisa Nacional sobre Farmacêuticos, o perfil comportamental desses profissionais alcançou um escore médio de 71,9 pontos – levemente acima dos 69,5 pontos observados na última pesquisa de 2013.

Porém, o percentual com escore acima de 75 pontos foi de 41,4%, bastante superior aos 29% registrados há cinco anos. Pontuações iguais ou maiores que 75 demonstram que o farmacêutico tem melhor perfil para a prática assistencial.

No comparativo entre as regiões do País, profissionais do Norte e Nordeste apresentaram os melhores perfis para os serviços farmacêuticos: média de 78 e 75,9 pontos, respectivamente.

Como consequência, cada profissional dessas regiões oferece até 10 tipos de serviços ao longo de oito a nove horas semanais com atendimento privativo. A região Sudeste cravou 70 pontos, com média de sete tipos de serviços por farmacêutico e seis horas de dedicação semanal aos atendimentos.

“Apesar de algumas barreiras regulatórias ainda dificultarem a expansão de testes rápidos e vacinação, a tendência é de crescimento para os próximos anos. Hoje estamos a caminho de 2.000 salas de atendimento clínico no país”, ressalta o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.

Do total dos entrevistados, 41,9% (2.052) trabalham em farmácias que dispõem de sala de serviços farmacêuticos. Esse número dobrou desde 2013, quando apenas 20,2% dos entrevistados afirmavam dispor dessa estrutura.

Os serviços farmacêuticos integram o projeto de Assistência Farmacêutica Avançada da Abrafarma, que ajuda a ampliar o acesso da população a serviços básicos de saúde e garante adesão ao tratamento.

Com a prática amparada pela Lei n° 13.021/2014, farmácias e drogarias utilizam salas de orientação clínica nos pontos de venda, onde oferecem aos consumidores avaliações de saúde, acompanhamento do tratamento, programas para gestão do peso e tabagismo, imunização, entre outros.

Opiniões e ofertas de serviços

Ainda de acordo com a pesquisa, mais de 96% dos farmacêuticos consideram a prática dos serviços clínicos um passo importante para o avanço da profissão.

Mais de 93% concordam que a prática pode atrair mais clientes para a loja e 89% entendem que pode ser lucrativo para as farmácias.

Cerca de 70% concordam que a oferta desses serviços farmacêuticos não depende exclusivamente de sua vontade, mas deve estar inserida em um contexto organizacional, em que os líderes e empresários enxergam os serviços como parte de seu negócio principal.

O estudou apontou ainda que os serviços mais comumente oferecidos são medida da pressão arterial (84,7% dos farmacêuticos), teste de glicemia capilar (73,6%), campanhas de saúde envolvendo a comunidade (62,9%), programas de acompanhamento para hipertensão, diabetes e colesterol (60,5%, 59,5% e 47,9%, respectivamente), programas contra o tabagismo (57,9%), gestão do peso (56,1%), revisão da medicação (55,5%) e aplicação de injetáveis (52,8%).

A média de idade dos entrevistados é de 33 anos, 74,6% são mulheres e os profissionais têm em média seis anos de formados. Mais de 26% são gerentes de loja e 36,2% são pós-graduados.

Fonte: Guia da Farmácia

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