Atualizei os preços e agora, o que fazer?
Como de costume, o mês de abril é marcado pela grande mudança dos preços de medicamentos. Apesar das atualizações serem disponibilizadas mensalmente, é nesse período que ocorrem as maiores variações de preços, trazendo preocupação na apresentação aos seus consumidores.
Muitos encaram a alta de valores como algo negativo, porém, é possível promover ações de marketing e até mesmo aumentar as vendas na loja com ações simples.
A precificação de produtos nesses casos, se torna algo bastante importante e requer a maior atenção possível. Sendo assim, mostraremos neste artigo algumas opções na hora de mudar os preços e também a melhor forma de revelar essa mudança ao consumidor final.
Apresentando aos clientes
Apesar da maioria dos produtos apresentarem uma alta nos preços, é possível tirar uma certa vantagem disso.
Os produtos comprados dos fornecedores após a mudança virão com o preço mais alto, porém, não se esqueça de seu estoque atual. Este foi comprado com o preço mais baixo, disponibilizando uma maior margem para descontos e promoções. Realize ações de marketing em sua loja informando um “congelamento” de preços enquanto durarem os estoques e realize vendas com valores próximos ao preço antigo.
Quando forem aplicados descontos, apresente os preços anteriores ao seu cliente, esse ato irá passar transparência e dar credibilidade, ações essas com potencial de fidelização.
Para produtos que tiveram seus valores reduzidos, após a compra de novos itens, apresente em forma de desconto ao consumidor. Uma boa opção é exibir os dois preços, na tela ou gôndola do estabelecimento.
Mudando os preços
A atenção na precificação é indispensável. Muitos não possuem o conhecimento necessário, porém, a recomendação é que a troca de preços nas gôndolas e prateleiras seja feita com o estabelecimento ainda fechado, isso para evitar problemas com os direitos do consumidor.
Caso o produto esteja sem preço para o cliente, ou possua um preço diferente em sua tabela, podem ocorrer problemas. Previsto no artigo 37, parágrafo 10 do Código de Defesa do Consumidor, a omissão ou informações enganosas de preços nos estabelecimentos caracteriza-se crime contra o consumidor e pode acarretar em prejuízos financeiros.
Sendo assim, a melhor opção é realizar as trocas de preço antes ou depois do horário de funcionamento.
Qual a melhor fonte de preços?
A atualização anual de preços pode ser realizada por diversas fontes de preços. A mais confiável é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ela possui os valores estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), um órgão pertencente à própria Anvisa que regula o preço máximo ao consumidor.
É comum que surja o questionamento: “Devo vender sempre com o preço máximo?”. A resposta é não. O valor de PMC é o máximo que aquele produto pode chegar ao consumidor final e na maioria das vezes, o fornecedor e a própria fábrica não vendem a um valor tão alto.
Sendo assim, pode haver diferenças entre revistas de preços e a fonte da própria Anvisa.
Tenha auxílio de um software
A atualização de preços pode ser feita eletronicamente pelos melhores sistemas de gestão do mercado. Após realizar a mudança, os preços anteriores ainda podem ser consultados no próprio cadastro do produto, e assim, a apresentação de descontos ao consumidor pode ser feita de maneira confiável.
Além disso, um bom software irá permitir a criação de promoções com validade e também a emissão de etiquetas de preços, para que a mudança seja realizada de forma mais prática e rápida nas gôndolas.
Consulte o seu sistema para verificar as melhores práticas e como fazê-las dentro do programa. Com essas práticas, você pode se diferenciar dos concorrentes e abrir vantagem sobre eles.