Independência farmacêutica e a autonomia para atuar com responsabilidade.
A designação da função de farmacêutico diretor técnico ou farmacêutico responsável técnico, bem como a de farmacêutico assistente técnico ou de farmacêutico substituto, estão atreladas à responsabilidade técnica dos farmacêuticos em empresas ou estabelecimentos que dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde. Independentemente da função, a existência de uma equipe de farmacêuticos de uma farmácia divide as responsabilidades, mas as remunerações diferem apenas em relação ao tempo de casa e pelos ajustes advindos da convenção coletiva. Nem mesmo títulos de pós-graduação agregam valor ao salário atrelado ao piso.
Desde a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil, em 1931, temos definidas as atividades privativas dos farmacêuticos, as atribuições e as responsabilidades, mas não temos uma legislação que aprove o plano de carreira para os profissionais que atuam no varejo farmacêutico, deixando-os desmotivados e estáticos. A motivação é algo que independe de terceiros, ela é individual e pode ser dividida em motivo + ação. Ao investir em uma faculdade, cursos de pós-graduação lato e stricto senso, planeja-se obter resultados financeiros, realização profissional e pessoal – e, nesse caso. é preciso avaliar as ações necessárias para se alcançar esses objetivos.
A obrigatoriedade da presença do farmacêutico durante todo o horário de funcionamento da farmácia ou drogaria não pode limitar o profissional apenas ao cumprimento da legislação e de horário – além dos conhecimentos técnicos e científicos, exigem-se qualidades e aptidões pessoais que, se empregadas com ética, podem e devem agregar valor para si e para a empresa.
– O farmacêutico que almeja crescimento profissional não pode deixar as suas competências em estado latente – estas devem ser adaptáveis, porque fazer sempre as mesmas coisas não é garantia de se manter no emprego.
– Conhecer e acompanhar o ritmo das áreas tecnológicas, do mercado e das relações de emprego é o início para planejar as estratégias para se tornar bem-sucedido.
– O primeiro passo é administrar o tempo para a feitura das “obrigações profissionais” e mensurar o tempo disponível para outras tarefas.
– O segundo passo é identificar a possibilidade de atuar em outra função além das responsabilidades técnicas.
– O terceiro passo é verificar quais as oportunidades que se enquadram ao perfil.
– O quarto passo é expor ao proprietário o interesse de crescimento profissional dentro da empresa.
– O quinto passo é negociar remuneração.
– O sexto passo é fazer sempre o melhor.
– O sétimo passo é criar oportunidades de crescimento e melhor remuneração.
Independência farmacêutica é pensar além das leis, decretos, resoluções e portarias – é ter autonomia para atuar com responsabilidade técnica e usar os talentos para ampliar a área de atuação dentro da empresa, alcançando novos resultados.