Possibilidades para a farmácia com o negócio do bem-estar
Responda rápido: o cliente de uma farmácia compra medicamento ou busca recuperar o bem-estar perdido? Compra xampu ou beleza?
Se você respondeu bem-estar e beleza, respectivamente, acertou. Mais uma pergunta: o que gera maior nível de bem-estar: adquirir medicamentos para se curar ou produtos para não adoecer?
Caro leitor, espero que as perguntas o levem a pensar o quanto se pode ampliar os negócios oferecendo produtos no segmento de prevenção e promoção da saúde. Estou convencida de que as farmácias já têm vantagens na oferta de serviços desse tipo.
Atrair o consumidor para o interior de uma loja não é trivial, daí as vitrines caprichadas e, até mesmo, no comércio popular, gente parada na calçada, com megafone, anunciando produtos. A farmácia já atrai o consumidor que demanda bens de primeira necessidade, os medicamentos; o que quer que faça para isso, já está no custo.
Trazer o consumidor certo para um produto também não é “automático”. Mais uma vez, a farmácia, por todos os motivos, já está frente a frente com o consumidor potencialmente sensível ao apelo de evitar adoecimento. E por fim, estar próximo do consumidor vale ouro, e a farmácia sempre está!
Os serviços e produtos para a prevenção e promoção da saúde são vários, desde vacinas, vitaminas e suplementos alimentares às ações de natureza educacional. E nessas últimas há um mercado por explorar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente um terço da saúde depende dos nossos hábitos e estilo de vida – o que comemos, bebemos, aspiramos e como utilizamos o tempo e a energia vital. Oferecer informações relevantes aos nossos consumidores para ajudar a ter qualidade de vida é uma forma de diferenciar o atendimento e ter clientes mais fiéis.
A tecnologia da informação em base móvel – estou falando dos aplicativos disponíveis nos celulares – é cada vez mais barata e presente em nossas vidas. É uma excelente possibilidade de entregar informações sobre bem-estar aos clientes. Vale lembrar, no entanto, que há um mar de aplicativos para tudo e nada, por isso, não adianta gastar recursos para entregar informações óbvias e de forma amadora. Quem seria sensível a frases como “lave as mãos várias vezes ao dia”? – ainda que essa medida tão simples traga de fato benefícios importantes para a saúde. É preciso caprichar no projeto de levar informações relevantes sobre qualidade de vida, no conteúdo e na forma, para colher os benefícios.
Pense no crescimento do mercado de academias de ginástica, de conteúdos de autoajuda, entre tantos outros. Eles são indicadores da preferência dos consumidores por bem-estar. Por que a farmácia não se aproveitaria dessa tendência?
Fonte: Guia da Farmácia