Venda de genéricos cresce acima do mercado total
A venda de genéricos aumentou, no ano passado, acima do setor farmacêutico em geral. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base nos indicadores do IQVIA, a indústria de genéricos teve crescimento de 11,78% no volume de unidades vendidas, comparando com 2016.
Durante todo o ano, foram comercializadas 1,2 bilhão de unidades contra 1,1 bilhão em 2016. Os genéricos encerraram o ano com 32,46% de participação de mercado em unidades contra 30,7% verificados em 2016.
São diversos pontos a ser considerados para esse aumento, além do preço mais baixo, a confiança do consumidor foi fator determinante, para afirmar isso temos como base pesquisas realizadas pelo IFEPEC, que apresentam que as pessoas já observam os genéricos como uma ótima alternativa”, comenta o presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia.
Medicamentos já são realidade no Brasil
A entrada dos biossimilares no mercado brasileiro já revela a diminuição nos preços desse tipo de medicamentos. semelhante ao biofármaco inovador, o fármaco biossimilar é uma forma de reduzir os custos de tratamento de pontas para doenças crônicas, reumatológicas ou oncológicas.
É um bom exemplo o infliximabe, princípio ativo de um medicamento biológico para doenças autoimunes. Ele chegou ao mercado brasileiro pelo laboratório Jeanssen-Cilag com o nome de Remicade e preço máximo ao consumidor de R$ 5.206,51. Já a sua versão biossimilar Remsima, do Centrion Healthcare, custa até R$ 3.289,71, uma diminuição de 37%.
Já a insulina glargina, cujo medicamento original é o Lantus, do Sanofi-Aventis, tem preço máximo de R$ 85,16, enquanto o biossimilar Basaglar, do Eli Lilly, sai por R$ 38,68, uma economia de 53%.
“O Brasil já tem um dos menores preços do mundo para os biossimilares. Como o Ministério da Saúde garante a compra, ele também consegue um desconto médio de 65% em relação ao preço máximo do produto”, explica o diretor-presidente da Bionovis, joint venture dos laboratórios Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química, Odnir Finotti.
Fonte: Guia da Farmácia