Você sabe como é um layout ideal para a farmácia?
Podemos dividir uma farmácia em vários negócios simultâneos e paralelos: medicamentos no balcão, medicamentos OTC, produtos para cabelos, alimentação infantil e especial, fraldas e produtos para bebê, suplementos, dermocosméticos, maquiagem, banho, primeiros socorros, conveniência, higiene, check-out e outros. Existem, é claro, seções melhores em vendas — mas elas devem ter sua performance julgada individualmente, para que também sejam corrigidas separadamente.
Cada empreendedor de farmácia tem que saber de onde vem o lucro em suas diversas categorias de produtos e quanto espaço cada uma toma dentro de sua loja. Primeira dica: confira frequentemente seu sortimento para saber o que não deve comprar mais e o que deve reforçar no estoque. Conheço lojas grandes que são entupidas de mercadoria, o que as torna pequenas na circulação. E farmácias pequenas que sabem escolher o mix de produtos ideal e se tornam agradáveis, sem faltar o essencial.
Veja o que é certo e errado na hora de definir a estrutura e o fluxo da loja
Errado
- Obstrução na entrada da loja, com o balcão do caixa dando baixa visibilidade de toda a loja.
- Má disposição das gôndolas, ao centro e na vertical, atrapalhando o fluxo.
- Medicamentos do mesmo lado do caixa, isto faz com que todas as outras áreas fiquem frias, pois não dá a obrigatoriedade do shopper andar por toda a loja.
- Gôndolas altas e um só corpo de gôndola.
- Fachada que não identifique o setor farma.
- Ortopédicos na porta.
- Não trabalhar com perfumaria.
Certo
- Entrada limpa, que permite toda a visualização da loja.
- Caixa sempre do lado oposto da entrada da loja e medicamentos no fundo da loja para gerar uma triangulação de fluxo na loja, fazendo com o shopper, obrigatoriamente, caminhe por todo o estabelecimento.
- Gôndolas nas medidas ideais: 1,25 m e mais de um corpo de gôndola, para que fiquem na altura dos olhos e não obstruam a visão do todo.
- Trabalhar o paredão da direita com cabelo e beleza, pelo fato de que as mulheres são o público predominante da farmácia e o ser humano tende a olhar para a direita quando entra no ponto de venda (PDV).
- Trabalhar infantil e fraldas do lado oposto desse paredão, porque se estamos falando de mulheres, essas mulheres são, possivelmente, mães.
- Sempre que possível, trabalhar a área de medicamentos com um intervalo, para que o farmacêutico possa sair do balcão de atendimento e conduzir uma compra dentro da loja.
- Trabalhar os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) perto do balcão porque, além de ser a área mais quente, de 100% dos produtos de autosserviço, 40% vêm dos MIPs quando eles são trabalhados fora do balcão. A indústria fala que 70% das lojas no Brasil ainda trabalham com MIP dentro do balcão. Quando o cliente pega o produto na gôndola, ele dá uma margem menor, mas ao mesmo tempo, pega uma quantidade maior, ou seja, é possível provocar a compra. Quando o cliente pede no balcão, há a indicação e a entrega de um único item, ou seja, o cliente compra apenas um.
- Conveniência, homem e cestão de ofertas devem estar perto do caixa.
- Dividir as outras categorias dentro do restante do espaço físico.
Tecnologia, apelos visuais, sensoriais e comerciais, esta é uma realidade que passa a fazer parte, cada vez mais, do varejo farmacêutico brasileiro.
Fonte: Guia da Farmácia